Cemsu de Cascavel lança livro sobre o projeto “Semeando Paz nas Escolas” Comissão de Igualdade e Gênero lança coletivo de livros de mulheres da Justiça
- TJPR
- Institucional
- Estrutura
- Comunicação
- Notícias
- Destaques
- Comissão de Igualdade e Gênero lança coletivo de livros de mulheres da Justiça

CEMSU DE CASCAVEL LANÇA LIVRO SOBRE O PROJETO “SEMEANDO PAZ NAS ESCOLAS”
A obra reúne as ações desenvolvidas pelo projeto nos anos de 2023 e 2024 no ambiente escolar com o uso de técnicas de justiça restaurativa e práticas circulares
A Central de Medidas Socialmente Úteis (Cemsu) de Cascavel lançou o livro “Semeando Paz nas Escolas”. A obra reúne as ações desenvolvidas pelo projeto, que dá nome ao livro, nos anos de 2023 e 2024. O lançamento ocorreu durante o II Congresso Paranaense de Mediação, realizado entre os dias 5 e 6 de maio, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Cascavel.
O livro, de autoria coletiva, descreve como surgiu a ideia e como se deram as fases de planejamento e execução do projeto, apresentando os resultados das pesquisas de satisfação. A obra também reúne as impressões, reflexões e perspectivas de 17 facilitadores que conduziram círculos de construção de paz nas escolas.
Iniciado em 2023, o projeto tem como objetivo contribuir para a construção da cultura da paz e da não violência nas escolas públicas e estaduais da cidade, a partir de técnicas de justiça restaurativa e práticas circulares. O trabalho proposto visa transformar ambientes potencialmente conflitivos em espaços abertos ao respeito e à segurança, criando um espaço de maior diálogo, mais pacificador, e onde se estabeleça um sentimento de pertencimento.
A obra foi coordenada pelos integrantes da Cemsu, o magistrado e coordenador da Central, Fabricio Priotto Mussi, o servidor e gestor administrativo, Thiago Dari Fernandes Paz e a advogada Vanessa Capra Kloeckner. A organização foi conduzida pelos assessores de pós-graduação do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), Biatriz Montegutti Mendes Franca e Danielle Costa Mota Santos, e pelos conciliadores Marieli Aparecida Muffato e Scheila da Silva Oliveira.
Histórico do projeto
No ano de 2023, o projeto foi executado em três escolas, com a realização de círculos de construção de paz em séries diversas, totalizando 21 turmas e impactando cerca de 600 alunos. No ano de 2024, a execução se deu em 10 colégios, apenas com as turmas do primeiro ano do ensino médio, totalizando 41 turmas e mais de 900 alunos.
Os círculos congregam pessoas, reforçam vínculos, fortalecem os relacionamentos e ajudam intensamente na paz das escolas, à medida que estabelecem uma conexão profunda entre os participantes, e garantem a eles mais autonomia, empoderamento e horizontalidade nas relações. Também melhoram o senso de pertencimento ao grupo e são uma poderosa ferramenta para o diálogo, pois constituem um espaço de construção coletiva do saber e de análise da realidade social, permitindo a reflexão conjunta e o intercâmbio de experiências entre os participantes, sempre com a garantia de um espaço seguro de fala e de escuta, com verdadeira inclusão e exploração das diferenças, ao invés de eliminá-las.
Adquira aqui o e-book da obra. É possível também encomendar o livro físico pelo e-mail: cemsu.cascavel@tjpr.jus.br.

COMISSÃO DE IGUALDADE E GÊNERO LANÇA COLETIVO DE LIVROS DE MULHERES DA JUSTIÇA
Autoras fazem parte do projeto Vozes Femininas em Movimento. Todos os títulos tiveram um exemplar doado à biblioteca do TJPR
A Comissão de Igualdade e Gênero (CIG) do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) divulgou, na sexta-feira (22/08), às 17h, na Biblioteca Desembargador Hugo Simas, o projeto “Vozes Femininas em Movimento - Escritas que Transformam”. A iniciativa tem como objetivo viabilizar a produção feminina, além de representar um ato de insurgência intelectual e afetiva que celebra o protagonismo das mulheres da Justiça. O evento foi marcado pelo lançamento coletivo de obras de 18 escritoras que fazem parte do projeto, são elas magistradas, servidoras, assessoras, advogadas e colaboradoras da Corte paranaense.
Cada escritora doou um exemplar do livro para a Biblioteca do TJPR, que ficará exposto em uma estante especialmente destinada a obras de mulheres. Para a presidente da CIG, desembargadora Lenice Bodstein, o projeto é como uma janela que se abre para os horizontes mais plurais e inclusivos: “Enaltecer estas escritoras é reconhecer que suas vozes são sementes de transformação social, cultural e jurídica. Ao ecoarem no âmbito do Tribunal de Justiça, fortalecem o pacto por uma justiça que dialoga, que acolhe, que atua com coragem e com compromisso para a construção de um futuro sem discriminações na qual a igualdade no horizonte e a dignidade são alicerces”, afirmou.
A juíza Apoema Martins Santos destacou a importância do projeto: “Ainda há muito preconceito em face da escrita das mulheres, da jurisdição das mulheres. Então é importante que essa visibilidade seja dada, seja repetida, para que haja uma maior diversidade de gênero, de raça, em todos os âmbitos da sociedade”.
“Escrever é um ato de resistência e crítica. Porque o escrever se debruça sobre uma realidade e sobre o ato humano. E quando esse ato de resistência é escrito por mulheres, pela sensibilidade feminina, esse ato de insurgência, de transformação adquire um significado maior dentro do humano, dentro do contexto de vida e sociedade”, declarou o presidente do Comitê de Heteroidentificação do TJPR, desembargador Francisco Cardozo Oliveira.
A desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima parabenizou o projeto: “Este evento é mais uma oportunidade de divulgar e valorizar a produção literária e intelectual das mulheres que resistem aos obstáculos e que estão pavimentando o caminho para as mais jovens”, concluiu.
“Por isso que cada página de cada uma das obras que está aqui hoje não traz apenas reflexões jurídicas, traz também o testemunho vivo de uma perspectiva feminina que enriquece a justiça, que amplia o horizonte dos sentidos do direito e fortalece a democracia”, destacou a diretora da faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Melina Girardi Fachin.
As obras abordam temas diversos, como: o processo estrutural como instrumento de justiça social à efetivação de políticas públicas infantojuvenis; a competência híbrida na violência doméstica ao controle de convencionalidade; a aplicação do protocolo de julgamento com perspectiva de gênero à crítica à violência processual em ações de família; os litígios climáticos à pedagogia da empatia; a equidade na magistratura ao enfrentamento ao feminicídio e às questões que envolvem a população transgênero.
Além do projeto, a CIG mantém o Repositório de Mulheres Juristas, que reúne diversos trabalhos acadêmicos na área do Direito e pode ser utilizado como referência em peças processuais, além de indicar juristas para participações como palestrantes e painelistas em eventos jurídicos.
Compuseram o dispositivo de autoridades a desembargadora Lenice Bodstein, a desembargadora Maria Aparecida Blanco de Lima, o desembargador Francisco Cardozo Oliveira, a juíza Apoema Martins Santos e a diretora da faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Melina Girardi Fachin.
Conheça as autoras e suas obras participantes:
Aneíza Vanêssa Costa do Nascimento: Nexo causal em litígios climáticos;
Ana Cristina Cremonezi : Processo estrutural e lei de improbidade administrativa;
Andrea Fabiane Groth Busato: A identificação da chance perdida indenizável e o quantum indenizatório decorrente;
Apoema Martins Santos : Processo estrutural e justiça social;
Camila Henning Salmoria , Stela Maris Perez Rodrigues, Carolina Fontes Vieira, Patrícia Di Fuccio Lages de Lima e Sandra Mara Flügel Assad: Magistradas: a justiça na ótica delas;
Clauriane Leila Dallaen: Brinquedo;
Daniele Liberatti Santos Takeuchi: Viés confirmatório e originalidade cognitiva;
Denise Antunes: Controle de convencionalidade;
Laryssa Angélica Copack Muniz: Olhares de Antígona - É sobre clássicos?;
Letticia de Pauli Schaitza: Julgamento ampliado;
Luciene Oliveira Vizzotto Zanetti: Equidade na toga;
Luciana Assad Luppi Ballalai: Processos Estruturais na Efetivação de Políticas Públicas Infantojuvenis;
Mércia Deodato do Nascimento e Renata Estorilho Baganha: Pedagogia da empatia – Revista Gralha Azul;
Sandra Regina Bittencourt Simões: “A aplicação do protocolo de julgamento com perspectiva de gênero...” em Tratado dos direitos das mulheres;
Sandra Bauermann e Viviane Costa de Oliveira: O Papel do Marco Civil da Internet na Garantia de um Ambiente Digital Seguro para Crianças e Adolescentes;
Taís de Paula Scheer : Labirinto do Direito;
Vivian Cristiane Eisenberg de Almeida Sobreiro: Magistradas: a justiça na ótica delas - Violência processual de gênero nas ações de família;
Vivian Cristiane Eisenberg de Almeida Sobreiro e Heloísa da Silva Krol Milak: Artigo - Ponciá Vicêncio: da imprescindibilidade do protocolo com perspectiva de gênero e raça do Conselho Nacional de Justiça – Revista Jurídica Gralha Azul.