Evento reuniu representantes das Coordenadorias da Infância e da Juventude dos Tribunais de Justiça de todo o país

Corregedoria-Geral da Justiça é tema do terceiro encontro do projeto “Rodas de Conversa” da Ejud-PR

Legenda

CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA É TEMA DO TERCEIRO ENCONTRO DO PROJETO “RODAS DE CONVERSA” DA EJUD-PR

Encontro abordou os papéis de orientação, apoio e fiscalização desempenhados pela Corregedoria no Judiciário 

A Escola Judicial do Paraná (Ejud-PR) realizou, na quarta-feira (10/09), mais uma edição do projeto “Rodas de Conversa”, na Biblioteca Hugo Simas, no Palácio da Justiça. A terceira edição teve como tema “Corrigir, punir, apoiar e orientar: quais os papéis prioritários da Corregedoria-Geral?” e contou com a participação do corregedor-geral da Justiça, desembargador Fernando Wolff Bodziak, e dos juízes auxiliares da Corregedoria-Geral, Alexandre Gomes Gonçalves e Fábio Ribeiro Brandão.  

O diretor-geral da Ejud-PR e mediador da conversa, desembargador Roberto Portugal Bacellar, fez a abertura do encontro destacando que o objetivo do evento é tratar de temas da administração de uma forma acessível e informal. Em se tratando da Corregedoria, ele apontou: “Eu vejo que, pelo perfil dos colegas que estão aqui, a atuação tem sido muito mais orientativa do que punitiva”. 

O corregedor-geral da Justiça, desembargador Fernando Wolff Bodziak, destacou que momentos de diálogo como esse permitem refletir sobre a missão da Corregedoria em conciliar as funções de orientação e fiscalização. “A oportunidade de conversar é sempre importante, porque é a possibilidade que temos de revelar como o trabalho é desenvolvido na Corregedoria”, afirmou. “Tenho procurado eliminar muros e barreiras, construindo um trabalho de aproximação da magistratura e das equipes de servidores. Tenho pensado a Corregedoria para muito mais além de um órgão de controle, é uma unidade voltada a dar suporte e retaguarda à magistratura e às equipes. Muitas vezes, com medidas simples, você corrige uma rota, faz algum ajuste e isso favorece o fluxo do trabalho”. 

Na mesma linha, o juiz auxiliar Alexandre Gomes Gonçalves observou que o espaço de escuta favorece o fortalecimento da cooperação institucional. “A Corregedoria ainda guarda uma aura de mistério e autoridade, porque juízes e servidores têm pouco contato com ela. Mas, na prática, nosso papel como juízes auxiliares é servir de canal de comunicação. Nós compreendemos as dificuldades que os colegas enfrentam e, muitas vezes, o trabalho é justamente entender a situação e encontrar motivos para não punir, mas sim apoiar e orientar”. 

Já o magistrado Fábio Ribeiro Brandão enfatizou a relevância do debate para a prática cotidiana da magistratura. “Falar da Corregedoria é motivo de muita satisfação, porque foi minha primeira experiência profissional no Tribunal. Hoje, a estrutura é muito maior e organizada em células temáticas, como a que coordeno na área da infância, juventude e família”. Segundo ele, esse novo modelo reflete um Judiciário do século XXI, mais aberto a temas sensíveis, como direitos humanos, povos tradicionais, população em situação de rua e violência contra a mulher. “A Corregedoria tem atuado nesse sentido, acompanhando e orientando de forma próxima”, concluiu. 

Conheça o “Rodas de Conversa” 

O projeto “Rodas de Conversa” oferece um espaço de diálogo aberto sobre temas de relevância para o sistema de Justiça, e tem como objetivo promover a empatia e a desconstrução de estereótipos, fomentar debates reflexivos que aproximem teoria e prática, e estimular a participação ativa na construção de soluções conjuntas. A iniciativa integra o calendário formativo da Ejud-PR e busca estimular reflexões sobre temas centrais para o funcionamento do sistema de Justiça, em um formato de diálogo aberto, que privilegia a escuta ativa e a participação igualitária entre magistradas, magistrados, servidoras, servidores e demais integrantes da comunidade jurídica.